Quando alguém busca ajuda psicoterapêutica, a sua porta de entrada nesse processo é a Psicoterapia individual. Esse formato inclui um cliente – a que alguns chamam de paciente, mas prefiro usar esse termo por colocá-lo como sujeito ativo do seu processo de autoconhecimento –, e um Terapeuta. É nessa configuração que a pessoa dará os primeiros passos na sua jornada de crescimento, contando com uma atenção focada do Psicoterapeuta, sempre disposto a lhe auxiliar no reconhecimento e tradução do seu mundo interno, seus conflitos e também suas potencialidades.
Profª Drª Nivalda P. de Jesus
São vários os motivos que levam uma pessoa a procurar o apoio de um Psicólogo: desejo de se conhecer melhor e lidar de uma maneira mais satisfatória consigo, incômodos com alguns aspectos seus, questões relacionais – com familiares, amigos, parceiros, situações de trabalho etc. –, até os quadros geradores de maiores sofrimentos, como depressão, síndrome do pânico e outros transtornos que envolvem sintomas físicos – nesses últimos casos muitas vezes é necessário o acompanhamento paralelo com um bom Psiquiatra. De uma forma geral, o que observamos é uma tendência de estarmos “cristalizados” na nossa maneira de ver e viver a vida. Faz parte de uma boa Psicoterapia auxiliar o sujeito a vislumbrar maneiras novas e mais saudáveis de estar no mundo, consigo e com suas relações.
Profª Drª Nivalda P. de Jesus
Ao iniciar um processo terapêutico é muito importante que a pessoa que o busca tenha consciência das suas motivações para estar ali. Cliente e Terapeuta construirão um vínculo de intimidade e confiança, e quem dará o rumo do processo será o cliente, contando com o auxílio do seu Terapeuta, que lhe ajudará a ver-se com mais clareza e objetividade. Esse já é um trabalho de autonomia.
Depois de dados os primeiros passos nessa caminhada, cliente e Terapeuta em conjunto definem o que é mais adequado como continuidade: se a finalização do processo, com o indivíduo tendo encontrado aquilo que buscava e caminhando com suas próprias pernas, ou o encaminhamento para uma nova fase, a da Psicoterapia de grupo, em que outros recursos estão disponíveis para auxiliá-lo em seu crescimento.
A terapia psicológica, nos dias de hoje tornou-se uma prática recorrente e aceita, como uma forma de intervenção que visa melhorar a condição de vida das pessoas, utilizando várias técnicas e métodos.
Profª Drª Nivalda P. de Jesus
Não é objetivo falar das particularidades metodológicas das diferentes terapias, que como sabem ou não, rondam em mais de 200 especialidades, mas sim, falar de uma forma geral, da sua importância no ser humano e de algumas idéias que a circundam, dando uma opinião livre e descomprometida.
É comum associar a terapia, algo sombrio, obscuro, desconhecido e subjetivo, receando uma atividade que possa magoar ou infligir dor em cada um de nós, ou até piorar a nossa condição de vida, confrontando-nos com padrões de comportamento, ou condutas desajustadas que por vezes imprimimos no nosso dia a dia.
Por outro lado, também é comum, vê-la como uma salvadora, um ponto de socorro e um abrigo para resolver anseios e dores internas, ajudando a redescobrir novos horizontes e sentidos para a vida.
Terapia nada mais é que aprender a se conhecer, e a lidar melhor com suas emoções, e entender que se tem o controle sobre o que se sente, é aprender a ser dono de sua própria vida. É um lugar de compartilhar.
Deixemos o preconceito de lado, psicólogo é alguém pronto para ajudar a devolver um novo sentido para a vida quando esta se ofusca. Portanto vale acreditar que pedir ajuda não é algo que mereça ser desvalorizado, mas sim, entendido como uma vontade de mudar e transformar a vida como algo mais harmonioso.
Por fim, a terapia é um lugar para que o ser se eleve uma aventura na descoberta de sua própria essência, um lugar de crescimento e descoberta de si mesmo.